A “nobre” missão de ser Padre.
A vocação é dom de Deus. Ser padre é um dom imerecido. O somos porque Deus nos ama. Confia em nós e nos capacita para a missão. Jesus Cristo é o modelo a ser seguido por nós. Precisamos construir e promover a cultura da paz. Distinguimo-nos pelas virtudes teologais que exercemos. Nunca podemos parar de sonhar. O encanto pelo que fomos chamados e pelo que “escolhemos” deve ser uma constante em nossas vidas.
Sabemos das nossas inúmeras fragilidades. A oração é o pilar mais forte do nosso ministério. Tudo mais que acontece advém dela. A intimidade com Deus nos liberta a cada dia. São João Maria Vianney ressaltando a importância de rezar e amar diz: “Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios de sol.”
O bonito de ser padre é o fato de todos os dias buscarmos a semelhança com o Filho de Deus. Anunciamos o que nos “condena”. Estamos em construção, aprendendo. O nosso coração arde, queima, dói. O papa Francisco diz sobre nós: “A vocação presbiteral é como um diamante bruto a ser lapidado, para que brilhe em meio ao Povo de Deus”. No ser padre necessariamente está implícito ser homem de Deus. O Documento de Aparecida afirma categoricamente que: “Se o sacerdote fizer de Deus o fundamento e o centro de sua vida, então experimentará a alegria e a fecundidade da sua vocação”.
Um padre sem oração se torna triste e sua vocação aos poucos vai, como uma chama exposta ao vento, correndo riscos, se apagando. O padroeiro dos padres mais uma vez nos ajuda: “Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros”.
Portanto, neste dia em que celebramos São João Maria Vianney queremos render Graças a Deus por nos confiar tão nobre missão. Deus quis também agir por meio de nós. A simplicidade d’Ele revelada em seu filho nos encanta. Jesus não desistiu de nós. Amou-nos todos. Sabemos dos vários desafios. Nosso Mestre advertiu-nos afirmando que a missão não seria fácil. No entanto, o amor que doamos e o bem que fazemos permitem-nos experimentar, ainda neste mundo, o céu. Parabéns a todos os padres, em especialmente os de nossa querida e amada Diocese de Leopoldina. E aos que se preparam para esse ministério, nossos queridos seminaristas, coragem, perseverança e ousadia. Vale a pena o caminho. São João Maria Vianney, rogai por nós! Amém!
Pe. Reginaldo Rodrigues Celidonio