Maria de Nazaré, tão nossa e tão de Deus, é apresentada pelas Escrituras como alguém ímpar na história da salvação. Sua existência peculiar se deve a inúmeros motivos: a discrição, a ousadia, a confiança, a entrega, ou seja, a fé. Sua lugar na vida de Jesus e dos seus discípulos não será nunca sucumbido pela história. Ela é mãe do Senhor, simplesmente assim.
A existência de Maria nunca foi autorreferencial, mas sempre apontando para o que ela cuidava de melhor, seu Filho Jesus de Nazaré. Esse fato faz com que ela seja uma mulher espiritualmente elegante. Não devido ao fato de ela ser ornada de pérolas, ser uma mulher de etiqueta, mas antes, pois serviu com tudo aquilo que era. Seu ser foi todo doado, alteridade completa, generosidade completa, amor na simplicidade Daquele que se fez pão.
Ela é elegante porque entrou na dimensão da conquista, da afabilidade, com um coração puro, com um ventre capaz dar carne ao Verbo de Deus. Seu ventre é o ventre da misericórdia, no seu coração cabe cada filho, cada irmão de seu Filho Jesus. A presença da mãe na vida do Filho é ímpar. Esteve nas bodas, na cruz e no nascimento da Igreja. Caminhou ao seu lado nas alegrias e nas tristezas. Ela incentiva à verdadeira beleza, impulsiona a estar pronto para conquistar os olhos de Deus.
É necessário à humanidade aprender de Maria a gerar, na fé, Jesus na vida e na história das pessoas. Dar sentido à vida dos discípulos, dar sabor à existência, gosto de viver e anunciar que o Senhor faz grandes coisas naqueles que se abrem à Sua graça santificante. Ninguém melhor que Maria sabe a palavra correta para chegar ao coração de Jesus. Ela é a melhor intérprete do Evangelho, sabe traduzi-lo para a vida dos simples, dos pobres. Ela sabe falar de Jesus. Foi a primeira evangelizadora.
Ela sabe o jeito de conquistar Jesus, de atingir eu coração, de ser amigo Dele. Maria sabe da preferência de Jesus, já evidenciou isso no seu cântico. Ele tem apreço especialíssimo pelos pobres e sofredores. A elegância de Maria é oriunda de sua pobreza. Dar à luz em um curral, fugir no lombo de um burro, ver seu bem mais precioso ser crucificado, tudo isso colaborou para que ela merecesse título de mãe de misericórdia.
Essas dores, angústias e agonias fizeram dela a mulher mais elegante da história. Ela sabe a fineza de chegar a cada coração, ela é versada na etiqueta da fé, nos bons costumes de amar, no convívio com os necessitados de seu Filho. Ela possui a elegância de ser mãe do homem mais pobre da história, com efeito, sendo também a mãe mais pobre. Ela possui a elegância de ser filha de seu filho. A delicadeza de ter colaborado com a encarnação do Sentido da Vida. É elegante, pois nela o Senhor fez maravilhas, o Pai a amou. Assim, ela é soube experimentar a amorosa elegância de um genuíno discipulado.
Diácono Alessandro Tavares Alves
Diocese de Leopoldina