“Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas” (Mt 19,14). Com esta citação bíblica quero evidenciar que precisamos ter pureza de coração, sonhar, acreditar que um novo mundo é possível. Não basta criticar tudo e todos se não fazemos a diferença ao nosso redor. E se não amamos e não somos amados. O nosso Deus é simples. “Lavou os pés da humanidade”. Entregou-se por amor, para nossa salvação.
A Campanha da Fraternidade 2017, com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida e, o lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), colocou-nos diversos questionamentos e nos pediu ousadia para cuidarmos melhor de nosso planeta e, de nós mesmos.
Em nossa paróquia Santo Antônio, na cidade de Astolfo Dutra, realizamos parcerias com o REVI (Reciclando a Vida – Projeto que recolhe plásticos para serem reciclados), com Cássio (Emater), com a sociedade civil (paroquianos) e com as escolas do município.
Foram distribuídas aproximadamente de 5 mil sementes para que as pessoas pudessem levar para suas casas e plantá-las e, quando germinadas e no tamanho ideal serão transplantadas em terrenos do próprio município. No domingo da páscoa todas as comunidades receberam de presente uma muda de árvore para ser cuidada na própria comunidade. Todas as sementes e mudas são nativas de nossa região, fazem parte do nosso bioma.
Outro momento marcante foi minha grata surpresa ao receber o convite das escolas Dr. Francisco de Barros e Pingo de Gente, para prestigiar a exposição dos alunos que trabalharam a Campanha da Fraternidade juntamente com a direção e professores motivadores. O corpo docente se envolveu e abraçou a causa. Obrigado aos educadores que acolheram e motivaram seus alunos a refletirem e buscarem soluções para melhoria do nosso planeta.
Fiquei encantado. Cheguei a uma das escolas na hora da apresentação de uma peça de teatro trabalhando justamente a importância da conscientização com o nosso frágil planeta. O dia do Meio Ambiente foi ampla e profundamente trabalhado dentro da proposta que a Igreja no Brasil está nos fazendo este ano. As criancinhas me abraçaram, beijaram, tiraram fotos, falaram de seus trabalhos. Algo arrepiante e encantador. As nossas crianças têm muito a nos ensinar.
Enfim, os meus sinceros agradecimentos a todas as equipes de trabalho e parceiros da sociedade civil, as comunidades que têm se empenhado em discutir o tema. Encerro citando Santo Antônio que nos encoraja a enfrentar os desafios que são contrários aos projetos de Deus: “Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa”.
Padre Reginaldo Rodrigues Celidonio
Paróquia Santo Antônio – Astolfo Dutra