“Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”
O “Ide” dado por Jesus (Mc 16, 20) no seu tom imperativo ainda ecoa de tal forma que não aceita a recusa dos batizados: “Evangelizar é uma obrigação que se me impõe (I Cor 9, 16)”.
Sabemos que a realização do homem tem sua essência na vida vivida em Deus e essa vida em Deus, inaugurada no sacramento do batismo, transborda pela resposta de cada batizado aos apelos internos do Espírito Santo que nele habita. Um apelo que nos desinstala a nós, agentes de pastorais e movimentos, que nos retira da tranquilidade e passividade das salas de reuniões e nos leva às periferias da humanidade, sempre confiando na força incontestável da Palavra de Deus, que gera homens e mulheres novos. É bem verdade que este Apelo nem sempre é respondido devido aos barulhos do mundo moderno que confundem o batizado, tirando-o do itinerário do Cristo, único Caminho. Mas aqueles que fazem a experiência pessoal com Nosso Senhor e se deixam alvejar pelo amor misericordioso de um Deus que quer ser chamado de Pai, irresistivelmente alargam as tendas do coração, ampliam suas tendas interiores e vão.
De um lado, na boca dos missionários, o alegre anúncio do amor de Deus, ponta de lança do querigma[1]; do outro lado, irmãos nossos, cativos da tristeza, das mágoas, das enfermidades, da solidão, do isolamento, das drogas. Foi assim, de 29 de julho a 05 de agosto, durante as missões realizadas na paróquia Divino Espírito Santo: um arrastão do amor de Deus nos bairros São Domingos, da Luz, São Mateus, Cristal, São Domingos e na Zona Rural da Comunidade dos Mendes. “Aqui está a fonte da acção evangelizadora. Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?” (EG nº 8).
À escuta da Palavra de Deus, dos documentos pós-conciliares e mais recentemente, das exortações do Papa Francisco e orientações pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, como o Doc. 105, a I Semana Vocacional Missionária fez a evangelização acontecer do jeito de Jesus,abrangendo a todos, sem exclusão, se aproximando sem medo, com alegria, com testemunho, com o abraço da misericórdia. “Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro das ovelhas», e estas escutam a sua voz.” (EG nº 24).
“Foi muito bom receber vocês aqui, hoje, em minha casa. No meu coração está uma alegria, uma paz muito grande. Hoje é meu aniversário e vocês são um presente de Deus para mim”.
“Estou sentindo uma paz muito grande, eu estava precisando de uma visita assim, quando quiserem podem voltar”
“Na casa que visitamos havia uma pessoa evangélica. Na hora da despedida eu falei para ela: a paz de Jesus! E ela me respondeu: e o amor de Maria, também!”
“Minha mãe estava prostrada e através da missão, ela está bem melhor”
Sabedores que a Eucaristia é o alimento que lhes dá forças, os missionários recorreram a Ela, Pão do Céu, como princípio e fim de sua missão. “Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer.” (lReis 19, 7). A atividade missionária teve início com a celebração da Santa Missa e envio dos missionários, que após dois dias de evangelizaçãode porta a porta, de coração a coração, seja nos morros ou nas baixadas, seja durante o dia ou noite, retornaram à Igreja Matriz para celebrar e adorar o Senhor da Messe, um forte momento de abastecimento para mais três dias de evangelização. A liturgia bem vivida e celebrada se transfigura nessa Igreja em Saída, que busca os irmãos para acolhê-los, para servi-los, para levá-los a fazer experiência do Céu. “Por fim, a comunidade evangelizadora jubilosa sabe sempre «festejar»: celebra e festeja cada pequena vitória, cada passo em frente na evangelização. A Igreja evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia, que é também celebração da actividade evangelizadora e fonte dum renovado impulso para se dar” (EG nº 24).
Ao final da semana de missão, novamente todos se reuniram para celebração da Santa Missa, agora para agradecer o Senhor por ter visitado tantos esquecidos, tantas vidas, pelas almas tocadas, pelos corações reconciliados. Juntos do pároco, Pe. Silas Geraldo, os missionários puderam celebrar os feitos d’Aquele que é nossa razão maior de viver e o privilégio de ser pertencer a uma Igreja de portas abertas. Deus seja louvado!
Conselho de Pastoral da Paróquia do Divino Espírito Santo – Ubá-MG
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